sábado, 20 de novembro de 2010

Paciência





Não é que já não tivesse pensado no assunto, mas de facto, o tempo não ajuda e a vontade não tem passado disso mesmo.
Sem querer, dei comigo a tentar compreender, o que nunca sequer considerei pensar.
São tantos os pretextos, que se chega a um ponto em que se acha que não vale a pena insistir, porque se tem sido e sempre foi desta maneira, porque raio é que de repente, havia eu de pensar que tudo iria mudar?
Nhurro é o que eu sou!
É como se tivesse um saco cheio de paciência, que diariamente se vai gastando, por isto ou aquilo, por variadas razões… o que é certo, é que espreito o fundo do saco e resta muito pouca...
Será suficiente?
Será que alguém me enche o saco de novo!
Até sinto saudades da falta da carga do seu peso, o que até não seria mau, um claro sinal de muito pouco desgaste!
Eu estou habituado a ter o meu saco cheio o suficiente para ir distribuindo por quem mais precisa da minha paciência.
Mas também estou mal habituado, em que de vez enquanto, algo surpreendente, me compense e equilibre a balança dos gastos.
Ora, não existindo esta compensação, ainda com a agravante de a velocidade redobrada em que o saco fica cada vez mais leve, leva-me a pensar que de facto me posso ter enganado!
E o que me custa mais e me revolta as entranhas é enganar-me, arrepender-me!
Penitencio-me a mim próprio:
A culpa é minha… as opções são minhas… teria mesmo que ser assim?
Não pensei o suficiente, não analisei bem!
Terá sido a minha ingenuidade ou a minha eterna esperança que tudo há-de correr bem…
Por outro lado penso, se o que sinto é o que transmito, porque razão não tenho eu direito a um feed-back de certa forma igual ou parecido?
Será que o saco é maior que o meu?
Será que o efeito provocado na minha pessoa não é recíproco?
Será que não há nada a fazer?
O que é certo é que tentei, tento… valerá a pena continuar a tentar?
O saco vai acabar por rasgar-se…