Aprecio a imagem, mas não a atitude.
Assim como detesto a cobardia, mas respeito a coragem.
Desistir… não me parece um acto de coragem, mas sim um pensamento cansado e doentio, assolado por uma profunda tristeza, revoltada pela falta do preenchimento de uma justificação, uma mísera vontade de viver.
É como chegar a uma rua sem saída, perseguidos por passados medonhos, ou, estar num quarto escuro, onde a porta de entrada se fecha e olhamos em redor o nada, onde nem se procuram janelas pois elas não existem, esperanças submissas às dores da alma de uma vida que quer ser esquecida.
Desculpa de lutas por grandes ideais, dispondo a própria vida para os concretizar, parece-me corajoso o acto, mas com a falta de um critério de lucidez sã, visionária de uma solução com alguma habilidade cognitiva de seu nome inteligência.
Eu… morro por viver!
Agradeço à minha saúde… que me deixe ver… o meu filho crescer!
É dos sentimentos que dou e dos que recebo, que mantenho acesa a chama, que não facilito que apague…
Quando tropeço… laços de amizade impedem-me de cair ao ponto de não me conseguir levantar.
A árvore que cresce no meu jardim, faço questão de a regar, porque são muitas as intempéries, mas enquanto ela crescer… vou cá estando para ver…
Eu… morro por viver!