domingo, 31 de outubro de 2010

É a vida!



Acordei cinzento!

Algo que não é normal,

Tudo me parece tão triste

Desta vontade que existe

Levantar um baixo astral…


 

Estou como o tempo!

Ventio e chuvoso,

Pareço um vadio

Padecendo do frio

De um Outono Invernoso…


Apetece-me hibernar!

Esquecer os dramas da vida,

Esperar por lá um pouco,

Até pareço um louco

Num devaneio homicida…


Ah… Merda de vida!

Às vezes não entendo!

Proteges quem não merece!

Que alguns envaidece,

Entre outros sofrendo?



Mas é a vida...

Ela é mesmo assim,

Um dia faz sol,

Roda o Girassol,

Refloresce o Jardim!



E são tantos pretextos!

Porque estarei eu assim?

Na verdade são nuances

Não são flores, nem romances…

São pedaços de mim…


Pedaços que escrevo

Pedaços que sinto,

Que embora adormeça

E por vezes pareça

Um mero instinto.


Sou mesmo assim…

Por vezes sem cor,

Nem sempre contente!

Mas mais que muita gente

Dou o meu melhor.
 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Eficácia... Eficiência...





Pareceu-me importante falar nestas palavras, algumas pessoas falam e escrevem como se da mesma palavra se tratasse, quanto muito, sinónimos, mas serão mesmo?
A eficácia procura resolver o problema, centrando a sua atenção nos objectivos, na qualidade do prosseguimento dos seus fins, para que possam vir ou não, a ser atingidos.
A eficiência é a própria resolução dos problemas em termos práticos, é ter a capacidade de produzir um efeito, ou seja, levando em consideração uma gestão racional baseada nos meios que são utilizados, humanos, materiais, financeiros ou temporais, procurando alcançar a meta definida.
Ora então, o que é que todas as pessoas gostariam de ser?
Eficazes!
E porquê?
Porque é mais fácil pensar e mandar trabalhar os outros, ainda por cima, têm uma remuneração mais alta, têm reputação, prestígio!
Será? Então Pensem!
Quando se está numa posição de um organograma em que tanto a eficácia como a eficiência têm remunerações mais altas do que a tua, onde pensas que estás?
Estás na merda…
Porque o eficaz diz que és eficiente!
E o eficiente ainda te diz que não passas de um eficaz!
Estás na merda…

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ops....!!! Namoradinhas!






É sempre difícil!
Difícil de perceber…
Ao tempo que te conheço
E nada acontecer…
                              Minhas mãos quando tocam,                                  
Num lugar mais sensível…
Tu agarras não deixas,
Mas será que é possível!
As desculpas são duas,
Por tudo e por nada!
Gostas muito de mim,
Passear de mão dada?
Eu quero é da fruta!
Da fruta descascada,
Lambuzava-me todo
De noite à madrugada…
Desculpas amor…
Guarda para a velhice!
Com a idade que tens
Isso é só maluquice!
Anda lá amor!
Chega aqui, anda cá…
Tu queres um beijinho?
É lambidela já!
Dou-te tudo o que quiseres
Dou-te a lua, dou-te sol,
Ilumina o teu caminho
Descobre o meu farol!
Que pressa a tua!
Não vês que é cedo!
És um apressado!
E eu cá tenho medo…
Não sou como as outras
Meninas de bem…
Que é tudo com todos
Parece-te bem?
Um dia há-de ser
Se te aguentares…
Compenso-te bem!
Mas só se casares!
Vai ser todos os dias,
De manhã á noitinha
Começamos no quarto
Acabamos na cozinha!
Eu sei que vais gostar…
Já te conheço tão bem!
Pareces o João,
Lá de Santarém!

Ops…..!!!

sábado, 23 de outubro de 2010

Agradecido e Apresentado



Um grande bem-haja a todos!
Obrigado por existirem!

Não hei-de eu estar velho, cheio de cabelos brancos!
No final dos …intas a chegar aos …entas!
É dar uma por dia e pouco mais aguentas! ;-)

Apresento-vos o Maradux, um gajo um pouco mais novo e mais rebelde, mais Maraduxo!

Prefere o anonimato para ter maior liberdade de escrita.

Um nome de Guerra que alguns já conheciam de outras andanças, de outros tempos.

Uma pessoa que quando tem tempo, escreve…

De letra em letra, palavra em palavra,
Opiniões pessoais, histórias reais,
Assuntos delicados ou menos respeitados…
Versos e poemas de variados temas!

Enfim, o que me apetecer…no fundo é só escrever…



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Minha Crença




                                                        

Estou a ficar descrente,
Respeito todas as religiões,
Mas há certos ideais,
Que são tão, tão banais,
Que me causam confusões!


Um Deus que se chama Jeová
Um profeta Maomé
São Egípcios, Gregos, Romanos,
E alguns são tão profanos…
Que fico com o cabelo de pé!


Quem não fica chocado
Com tamanhas heresias,
De azar e de sorte,
De incentivos à morte
Às incríveis pedofilias!


Castrem-se os Filhos da Puta!
Os que pecam e os que deixam pecar!
Tanto é culpado o que mata, como o que deixa matar!
Derretam mas é o ouro!
Revertam-no em comida!
Há quem morra de fome, com o mesmo direito à vida!



Cobardes e felinos,
Vivendo na obscuridade
Onde menos se desconfia,
Quer de noite, quer de dia!
A praticarem a maldade!


São estas as religiões
Que apregoam os benfeitores,
Das purezas que devassam
Na verdade todos não passam
De puritanos e pecadores!


A minha religião é esta,
Acredito no meu Deus!
A minha crença é assim,
Um Deus que cuida de mim,
Um Deus que cuida dos meus!


                                                          

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Paraíso Perigoso



Foi num paraíso como este que apanhei um dos maiores, senão o maior susto da minha vida.

Não precisamente nesta praia, mas numa outra também em Porto Covo.
Era o último dia de uma semana de férias que me tinha restado para gozar praia com a família.
No inicio destas pequenas férias, e porque tenho um filho com seis anos, tive o cuidado de escolher uma praia que, principalmente ele, e nós por consequência, pudéssemos brincar, ao mesmo tempo descansar, esquecer a vida agitada da cidade e usufruir do melhor da nossa Costa Vicentina.
Depois de uma minuciosa investigação, a praia eleita foi a “Praia da Pererinha”.
Excelente, com maré cheia ou vazia, foi um filho a puxar pelo pai todo o dia!
Era o barco, era a bola, a seguir a prancha e depois as raquetes… enfim, uma alegria que durava até escurecer.         
Mas a semana estava a acabar e só faltava um dia, foi então que alguém se lembrou,
“Hoje vamos todos… mas vamos conhecer outra praia!”
A ideia não me pareceu mal, mesmo que não fosse uma praia calma, só teria que estar ainda mais atento ao miúdo, que por andar na piscina desde os quatro anos, tem a mania que sabe nadar…
Lá chegamos à dita praia, a “Praia da Samoqueira”, bem escondida de todos, vista cá de cima das rochas, parecia mesmo um paraíso, água transparente, formando uma baía entre duas enormes rochas… e pensei eu…

 “Porreiro pá! Prainha bacana, que pena só termos vindo à tarde…”.
Lá abancámos e nos besuntamos todos! E porque eu estava muito vermelho, a minha mãe ainda insistiu em por mais um bocadinho nas costas, enquanto eu resmungava que tinha que ir para junto da água, pois o artista já lá andava…
”Ó filho, mas eles estão lá, olham por ele!”, retorquía a minha mãe!
Mas eu não estava descansado…
Á pois é bebé! Lá estava ele a esticar-se… parecia um golfinho…lá liguei o gravador…
“Não vás pr`aí, chega mais pr`áqui”...
Enfim, o papel obrigatório de pai, a lengalenga do costume…

Nisto chega a avó, alegre e contente para a macacada com o neto…, passado pouco tempo quis nadar um pouco e afastou-se uns dois,três metros…nadava, nadava, mas algo se passava… não saía do mesmo sítio… não conseguia regressar… como a minha mulher estava por perto pediu-lhe ajuda, mas a situação agravou-se… as duas não se largavam e estavam de repente a ser arrastadas por uma corrente que as puxava para a rebentação das ondas, onde já seria difícil tentar solucionar o problema… e isto em segundos!
Foi tão rápido que cheguei a pensar que estavam a brincar, de seguida achei que a minha mulher esticava a mão e facilmente a puxava…mas não…
De repente o problema dobrou, já eram as duas a pedir ajuda, as duas mulheres mais importantes da minha vida!
Gritei:
“Filho não saias daí, o pai já vem!”,” Tomem conta do meu filho!”
Mergulhei, mergulhei duas vezes, pensei…
”Vou posicionar-me por trás da minha mãe e vou empurrá-la, enquanto a minha mulher tenta puxá-la, talvez resulte…”.
Teoricamente parecia-me possível…mas na prática… na prática não, simplesmente mais um corpo na corrente!

Era incrível a sensação de impotência, agora sim… o que seria de nós…
O problema triplicara, éramos agora três em grande aflição e com duas alternativas, deixar-nos arrastar pela corrente que nos levaria à rebentação das ondas que provavelmente nos projectariam contra as rochas, ou, tentar chegar às rochas antes da rebentação.

                             


Parecia-me lógica, a salvação era as rochas, antes ou depois, já nem queria saber, porque naquele momento a prioridade já era ajudar a manter a minha mãe ao cimo da água, o que já estava a ser muito difícil, pois a minha mãe é uma pessoa forte e estava já muito cansada, para a manter ao cimo, eu próprio tinha já, várias vezes submergido, a minha resistência também começava a dar sinais de desgaste…

Entretanto, nesta aflição, a minha mulher soltara-se e tentava sozinha salvar-se…    
A própria corrente que nos havia arrastado para este pesadelo, decidiu ajudar-nos e enquanto procurávamos sobreviver, aproximou-nos das rochas…
Depois de as alcançar, mais um problema… não conseguia agarrar a rocha, os dedos escorregavam, uma mão segurava a minha mãe, outra tentava agarrar a rocha, a rocha continuava a escorregar, as ondas já eram maiores, já nos passavam por cima… não podia largar a minha mãe, sabia que podia não resistir, mas ou mesmo tempo precisava de uma forma de agarrar-me á rocha para nos salvarmos.

             



Dei-lhe um puxão forte para perto de mim, larguei-a por uns instantes, para tentar prender-me á rocha e por sua vez puxa-la…apercebi-me que as minhas pernas se prendiam em algumas arestas que se cravavam na pele, os dedos escorregaram, mas o pulso ficara preso numa saliência… era só agarrar a minha mãe com a mão que me restava… mas já não lhe chegava, estava tão perto e tão longe ao mesmo tempo.
Estiquei-me o mais que pude, agarrei-a… mas a mão escorregou-me… estava muito mal preso à rocha…mas era a única maneira, voltei a tentar agarrá-la, desta vez pelo pulso, puxei-a com muita força só com um braço que resultou numa dor muito forte no abdómen, nesta altura temi o pior.
Mas ela estava ali junto á rocha, era só mais um esforço, gritei-lhe,
“Agarra-te á rocha caralho! Sobe! Sobe!”.
Ela já não tinha forças, eu também estava esgotado, mas estávamos dentro de água e a tentar subir para cima das rochas, apercebo-me que chegou um rapaz e que ainda com uma palmada lhe deu um empurrão que me ajudou a puxa-la para cima da rocha, mas que não pode ajudar mais, pois tinha que ir  ajudar a salvar um outro rapaz, que entretanto, também querendo ajudar, já estava em dificuldades.
 Durante isto tudo, pensava também na minha mulher, se estaria bem e no meu filho.
Estávamos a salvo, vi a minha mulher também em cima da rocha, aliás todos acabaram por sair pelas rochas até á praia.
Foi uma experiência nova, daquelas que não se quer repetir, cheguei á praia e estava cheio de sangue, que me escorria pelo corpo, dos cortes da única maneira que arranjei para me segurar á rocha.
Avistei o meu filho, estava onde o deixei,
 “Então filhote, que estás a fazer?”
        “Estou a brincar, o que tens pai?”

        “Nada filho, dá um abracinho ao pai! Está tudo bem!”.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

" Portugal e o Mar "

   


















     Portugal e o Mar                           É certo que já são muitos... 
                                                            Mas muitos para mim são poucos,
                                                            São poucos os versos do Mar
                                                            Do Mar que banha Portugal
                                                            Do Portugal que nos deixa loucos!  

      História                                        Loucos são os que não vêem,
                                                            A vontade de uma raiz,
                                                            Nascida sobre o Mar,
                                                            Sedenta de navegar,
                                                            A história de um País...

     Visão                                              País que no passado foi Mar
                                                            Mar também pode ser o futuro,
                                                            Futuro que volte a enxergar,
                                                            O que o Mar tem para nos dar...
                                                            Um imenso potencial puro.

     Conhecimento                               Puro é o nosso saber,
                                                            Saber que nós conquistámos,
                                                            Á custa de muitas vidas
                                                            E de tantas outras sofridas
                                                            Do Mar que abraçamos

     Reconhecimento                           Abraçamos e abraçaremos
                                                            Porque há portos a desenvolver,
                                                            De um TGV a um Poceirão
                                                            E a mais-valia de uma Gestão
                                                            Um Portugal a reconhecer!

    Internacionalização                      Reconhecer a grandeza do Mar
                                                            De um Mar que também tem fundo!
                                                            Claro, Portugal é Portugal...
                                                            Mas o caminho, o caminho é...
                                                            Portugal o Mar e o Mundo!  


       Poema " Portugal e o Mar" dedicado à ENIDH,  Exame de Cultura Geral em 2010